Frágeis fronteiras: relatos testamentais de mulheres das Minas Gerais setecentistas
DOI:
https://doi.org/10.3989/aeamer.2009.v66.i1.308Palabras clave:
Testamentos, Mulheres forras, Mulheres livres, Minas Gerais, Mestiçagens, Escravismo.Resumen
Durante o período colonial, nas Minas Gerais, as mulheres forras, seguidas pelas livres (brancas e mestiças) legaram ao futuro uma quantidade nada desprezível de testamentos. Nesses documentos, aparecem registrados relatos feitos oralmente por elas e transcritos por algum escrivão, bem como impressões, gostos, declarações de toda natureza e, ainda, informações preciosas, intencionais ou não, sobre família, mestiçagens, ascensão e distinções sociais, sociabilidades, mobilidade física, social e cultural. Os discursos dessas mulheres sobre o viver naquele universo colonial, incluindo o que, por vezes, se pôde captar nas entrelinhas dos testamentos, constituem o objeto central do texto e são o ponto de partida do diálogo estabelecido com esses personagens setecentistas.
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